terça-feira, 10 de agosto de 2010

Baudelaire e Richard Wagner

Nos anos 60 do século XIX, enquanto a maioria dos parisienses rejeitava as obras de Wagner, Baudelaire
escreveu um artigo intitulado “Richard Wagner et Tannhaüser à Paris”, no qual expressou sua admiração estética pelo compositor alemão, afirmando que «... nenhum músico sobressai como Wagner, ao pintar o espaço e a natureza materiais e espirituais. [...] Ele possui a arte de traduzir, por gradações subtis, tudo o que há de excessivo, de imenso, de ambicioso no homem espiritual e natural. Parece, às vezes, que ao escutar essa música ardente e despótica, encontramos as vertiginosas concepções do ópio pintadas no fundo das trevas, dilaceradas pelos devaneios».
Baudelaire foi dos poucos  na plateia que não vaiou a apresentação da ópera Tannhäuser em Paris, e achou que ela estimulava a imaginação, lançando a mente em um estado de sonho como o que conduzia à clarividência.

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