sexta-feira, 16 de abril de 2010


Nos créditos de abertura de O Sinal da Cruz, realizado por DeMille em 1932, o público é convidado a reconhecer e rememorar o seu conhecimento prévio do tema do filme a partir de dois elementos visuais carregados de simbologia, que se sobrepõem e que serão importantes para as oposições que se jogam no filme: a águia e a cruz. Esse processo de rememoração dos símbolos é fundamental, porque é a partir dessas primeiras referências que o espectador inicia o processo interno de confronto com os seus próprios ícones e imagens armazenadas ou enterradas no inconsciente, consituindo o efeito de detonação a que Carl Gustav Jung se referiu em O Homem e os Seus Símbolos. Desencadeado o processo de reconhecimento, é o espectador que lê e faz a imagem.

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