Infelizmente é verdade. Os preconceitos prevalecem...
Por um lado, é compreensível, a História foi tenebrosa para milhões de judeus completamente inocentes, muitos ainda estão vivos, ou descendentes diretos seus... e o seu interesse por Wagner não poderá ser nenhum, se lembrarmos que havia campos de extermínio onde, infelizmente, a música de Wagner (apropriada pelo regime hitleriano) se ouvia e era associada aos exterminadores... esses horrores não podem ficar esquecidos, nem devem ser secundarizados.
Também é verdade que não vivemos tempos fáceis, em matéria de podermos separar as águas ou querermos explicar às pessoas que estão a misturar coisas erradas ( Hitler nasceu depois de Wagner morrer, Wagner não lhe é nada, as escolhas wagnerianas de Hitler foram um infeliz problema de uma Alemanha hitleriana e nazi acoplada à família descendente do mestre ) . Mas isso só se consegue com muita educação e muita cultura. O trabalho de Barenboim tem sido notável a esse respeito... mas está isolado, o mundo está cada vez mais intolerante, e há uma data de tabus e fundamentalismos a ganhar força em todos os quadrantes, na ciência, na cultura, nos media... olhem, apetece-me rever Hitler: ein Film aus Deutschland (1978), de Syberberg...
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