Carta de Nietzsche sobre Parsifal
“Quando o voltar a ver, dir-lhe-ei exactamente o que eu então compreendi. Pondo de lado todas as perguntas irrelevantes (para que finalidade tal música pode ou deve servir?), e falando de um ponto vista estritamente estético, será que Wagner escreveu algo melhor do que o Parsifal? A percepção e a precisão psicológicas supremas sobre o que pode ser dito, expressado, comunicado, o rigor extremo e a rectidão da forma, a transmissão epigramática do sentido, a clareza na descrição musical (…) e finalmente o carácter sublime do sentir (…) é isso o que faz Wagner na forma mais nobre (…). Nós só obtemos algo de semelhante em Dante e em mais nenhum outro. Será que algum pintor conseguiu descrever de uma forma tão expressiva o olhar do amor como Wagner o faz nos últimos acordes do seu Prelúdio?”
Jean Delville - Parsifal, 1882
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