A propósito do Rei dos Reis, de Cecil B. de Mille: “Depois, havia milagres, cada um mais aparatoso do que o outro e com mais efeitos especiais. Lembro-me da cara de poucos amigos dos Apóstolos. Depois, só me lembro da Agonia no Horto, do beijo de Judas e do julgamento. A coroa de espinhos, a flagelação, o sangue, os ladrões. O ecrã ficava escuríssimo e milhares de figurantes acompanhavam a subida ao Calvário, e a morte na Cruz…Pouco depois, deram-me um livro (o livro da minha vida) sobre os museus alemães, Berlim, Dresden, Munique. Lá vi o Cristo na Cruz de Rubens, que está na Pinacoteca de Munique e em que o Corpo do Crucificado pende da Cruz tanto quanto nela se ergue, recortado contra um imenso escuro. Associei sempre essa reprodução à imagem final de H.B. arrier no filme de DeMille…se há cineasta rubenisiano ele é Cecil B. DeMille…é o mesmo sangue, ou melhor a mesma carne. Os temas de DeMille são os mesmos de Rubens; o mito, a história, a narureza, a alegoria, a fé”. JBC, João Benard da Costa
Cecil B. DeMille nas filmagens
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